IV Seminário Internacional de Pensamento Crítico
 
21 - 25 de Outubro de 2019
 

Palestrantes convidados


 



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    Prof. Ariel Campirán. Universidad Veracruzana (México)


Conferência: Pensamento crítico além das disciplinas


Resumo: Do uma visão disciplinar, o domínio de uma ciência implica o pensamento critico (PC), no sentido de que o entendimento e o gerenciamento das teorias que nele se conformam e convergem envolvem alguns processos e produtos, por exemplo: a) Processos de abstração de dados intimamente ligados à realidade, representados o mais adequadamente possível em modelos e teorias. (planos ontológicos e lógico-epistêmicos); b) Processos de explicação e argumentação dos fenômenos (“objetos / relações” de estudo) que as disciplinas analisam e criticam, por meio de linguagens lógico-epistêmicas projetadas ex profeso. (planos linguísticos e lógico-epistêmicos); c) Produtos que a teoria reconhece como subjacente, por exemplo, definições, modelos, explicações, argumentos, testes, métodos e critérios metodológicos cujos regulamentos legitimam o valor e o status da disciplina / ciência. De uma perspectiva chamada visão transdisciplinar, que pode ou não incluir na prática uma visão disciplinar, algumas perguntas podem ser feitas. ¿O que as disciplinas deixam de lado? o ¿PC pode suportar a integração de ambas as visões? Argumentei que o PC é um processo e um produto da maturidade das habilidades de pensamento básico (PB) e analítico (PA). Lógica natural e crença sem mais (doxa) são os eixos elementares do OP em torno do real, isso transforma seus processos e produtos em uma falta de status ontológico e epistêmico, ¿como se presume na teoria e na prática disciplinar? ¿Alguns comportamentos mágicos, religiosos, filosóficos e artísticos são, portanto, menos valiosos? ¿O que o PC faz sobre o conhecimento transdisciplinar? Nesta conferência, proponho que: a) uma visão integrada do disciplinar-transdisciplinar seja viável; b) a solução de problemas vistos como necessidades, supõe uma perspectiva sistêmica e uma concepção do real como complexus; c) a conjunção de a e b implica que: 1) O PB e o PA são necessários, mas não suficientes para o PC, pois isso requer o desenvolvimento e o uso de habilidades de pensamento de ordem superior (HP); 2) Infelizmente, o PC não é considerado necessário para a satisfação das necessidades de sobrevivência, crescimento e identidade emocional e verbal, enquanto isso parece exigir não mais do que um HP básico e analítico; 3) As necessidades de congruência (por exemplo, pensamento-palavra-ação; ou emoção-razão) e de transcendência ou auto-realização implicam o CP. Palavras-chave: pensamento crítico, linguagem, plano categórico lógico-epistêmico, capacidade cognitiva e metacognitiva.


CV: Pós-graduação, UNAM-1984. Instrutor de Diploma em: Competências (1996-1998); em Competências de Professores para o desenvolvimento de Habilidades de Pensamento Crítico e Criativo (1999-2003); em Pensamento crítico para resolução de problemas (2016-2017). Professor da Faculdade de Filosofia da UNAM (1982-4) e da Faculdade de Filosofia da Universidade Veracruzana (1985-2017). Coordenador da Academia Estadual de Habilidades Críticas e Criativas do AFBG-UV: (2013-2014) (2016-2017). Diretor da revista filosófica Ergo, Faculdade de Filosofia, Universidade Veracruzana. (1987-2017). Presidente da Academia Mexicana de Lógica (2011-2013). Palestrante e workshop em conferências nacionais e internacionais. Autor de livros e artigos sobre formação em pensamento crítico.


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   Prof. Martín Castro UPAEP (México)


ConferênciaDa prática à teoria do pensamento crítico: algumas considerações.


Resumo: É possível pensar criticamente sem desenvolver uma teoria do pensamento crítico? Parece incontroverso argumentar que a resposta a essa pergunta é afirmativa. Da mesma maneira que é possível aos membros de uma espécie se reproduzirem sob certas condições sem desenvolver a genética populacional, parece que pensar criticamente é uma atividade que pode ser realizada mesmo quando se ignora sua teoria subjacente. No entanto, se considerarmos o inverso da pergunta anterior, parece que a resposta não é afirmativa. É possível desenvolver a teoria do pensamento crítico sem pensar criticamente? Se pensar criticamente é um processo que implica, entre muitas outras coisas, hábitos de investigação, raciocínio e previsão, dizer que podemos fazer a teoria do pensamento crítico sem pensar criticamente soa bastante contra-intuitivo. Portanto, dada essa assimetria entre teoria e prática, nesta contribuição exploramos uma abordagem semântico-pragmática do que poderíamos (ou deveríamos) chamar de teoria do pensamento crítico. Palavras-chave: Teoria, processo, evento, modelo.

CV: Doutor em Filosofia da Ciência pela Universidade Nacional Autônoma do México, Mestre em Inteligência Artificial e Bacharel em Filosofia pela Universidade Veracruzana. É formado em Ciências da Computação pela Universidade Autônoma Benemérita de Puebla e em Matemática pela Universidade Nacional à Distância do México. Ele é membro do Sistema Nacional de Pesquisadores (Nível 1) desde 2015, da Academia Mexicana de Lógica, da Associação de Lógica Simbólica e é membro da Sociedade Mexicana de Inteligência Artificial. Entre suas publicações recentes, estão: Term Functor Logic Tableaux, Uma lógica intermediária de Functor Term e programação com Term Logic


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   Prof. Joaquim Ferreira. Universidade de Coimbra (Portugal)


Conferência: Desenvolvimento psicossocial e cognitivo de estudantes do ensino superior: desafios e oportunidades


Resumo: A adaptação do adulto emergente às exigências do ensino superior é um processo complexo e envolve a dinâmica de fatores de natureza pessoal e contextual. Neste âmbito, a presente comunicação centra-se na compreensão do desenvolvimento psicossocial e cognitivo do adulto emergente e no papel que as dinâmicas de interação com o contexto de ensino superior têm neste processo. Neste seguimento, apresenta um conjunto de orientações que as instituições de ensino superior devem integrar no seu plano estratégico, de forma a contribuir intencionalmente para o desenvolvimento global do aluno. Salienta ainda a importância da promoção das competências psicossociais e cognitivas na construção de um projeto educativo/formativo, que facilite a transição do adulto emergente em contexto do ensino superior para um trabalho digno, condição essencial para o bem-estar pessoal, social e comunitário.

CV: Doctor e Professor da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. É Coordenador do Doutoramento Interuniversitário em Psicologia da Educação (Universidade de Coimbra e Universidade de Lisboa), Coordenador da área de especialização de Psicologia da Educação, Desenvolvimento e Aconselhamento do Mestrado Integrado em Psicologia da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e Coordenador do Grupo de Investigação sobre “Transições Psicossociais” do Instituto de Psicologia Cognitiva, Desenvolvimento Social e Humano (Unidade de Investigação da FCT). Tem lecionado várias unidades curriculares nas Licenciaturas, Mestrados e Doutoramento nas áreas da Psicologia e da Educação. Tem inúmeros trabalhos publicados em revistas internacionais e nacionais, tais como Journal of Vocational Behavior, Journal of Career Assessment, Career Development Quarterly, Addictive Behaviors, Revista Brasileira de Orientação Profissional, Spanish Journal of Psychology, Revista Portuguesa de Pedagogia, Revista Portuguesa de Educação, Psychologica, Motricidade e Análise Psicológica. Tem participado ativamente no corpo editorial de várias revistas científicas internacionais, designadamente The Counseling Psychologist, Journal of Career Assessment e  Adult Development Bulletin. É Professor Adjunto da University at Albany (State University of New York), E.U.A. Coordenou e participou em diversos projetos de investigação e intervenção, financiados pela FCT e Programas Grundtvig, POAT e POPH. Orientou quinze dissertações de Doutoramento e dezenas de teses de Mestrado, encontrando-se actualmente a orientar seis teses de Doutoramento e três de Mestrado. Integrou as Comissões Científica e Organizadora de vários encontros científicos nacionais e internacionais. Foi Presidente da Associação Nacional de Apoio a Jovens (ANAJOVEM) durante três mandatos consecutivos. Foi Presidente da Assembleia Geral da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, de 2009 a 2013. É membro do Conselho Geral da Universidade de Coimbra.


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   Prof. Eliseo Guajardo Ramos. Universidade Autônoma do Estado de Morelos (México)

 

Conferência: Pensamento crítico no currículo da Educação Pública Obrigatória no México. Congruências e Contradições


Resumo: O pensamento crítico já apareceu no Novo Modelo Educacional (2017), como uma capacidade transversal genérica de todo o currículo obrigatório (da pré-escola ao ensino médio). Haverá, pela primeira vez, uma Lei Geral do Ensino Superior (Agora, obrigatória) que ainda não é conhecida. Mas o pensamento crítico é multicitado nas diretrizes para o gerenciamento de projetos estratégicos com recursos extraordinários, que já estão circulando nas universidades públicas. A verdade é que esse conceito nunca foi tão invocado nos documentos oficiais da educação. Uma coincidência pode ser que a atual administração federal tenha mudado o conceito de qualidade para o de exílio. E se o produto do pensamento crítico não é o simples sucesso, ele pode ser múltiplo e diversificado, mas a melhor e a singular das respostas possíveis. Então, seria mais compatível com a excelência. Desde que a intenção da política atual não seja uma manobra de troca entre sinônimos.


CV: Ele é um psicólogo e mestre em Educação Superior pela Universidade Autônoma de Nuevo Leon. Doutor em Ensino Superior pelo El Colegio de Morelos. Doutorado Honoris Causa pelo Instituto Pedagógico de Pós-Graduação, Celaya, Guanajuato. Membro do Sistema Estadual de Pesquisadores, Nível B, desde 2015. Trabalhou na avaliação psicogenética da Linguagem Escrita e Matemática. Com o desenvolvimento de instrumentos de diagnóstico. Nos últimos 20 anos, dedicou-se ao tema da Educação Inclusiva para Pessoas com Deficiência em todos os níveis de ensino, incluindo o nível Superior. Possui o Programa Universitário de Inclusão Educacional e Atenção à Diversidade da UAEM e Coordenador Acadêmico do Mestrado em Atenção à Diversidade e à Educação Inclusiva. Faculdade de Comunicação Humana, UAEM.


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   Prof. Jesús Jasso. Universidad Autónoma de la Ciudad de México


Conferência: Pensamento critico. Em busca de uma definição não reducionista

Resumo: No momento, diferentes definições de PC estão disponíveis. Essas distinções surgem tanto dentro de um campo do ex-conhecimento. gr. em filosofia, como na produção conceitual de diferentes campos interessados ​​na extensão, intenção e aplicação do PC ex. gr. em psicologia, pedagogia, educação, neurociências, lógica formal e informal, raciocínio e complexidade - apenas para citar alguns casos. O objetivo deste artigo é oferecer alguns argumentos a favor de um não reducionismo na definição de CP. Para isso, estou interessado em distinguir o PC analiticamente como estado e disposição mental do PC como uma soma de habilidades cognitivas. Mas, ao mesmo tempo, proponho uma conceituação do PC da ordem compatibilista, cujo conteúdo privilegia a noção de ordem linguística. De acordo com essa perspectiva, o CP é um estado mental especial e uma disposição mental potencial e inata. Ambos os estágios podem ser constituídos e desenvolvidos por meio de habilidades cognitivas. Vou desenvolver os pontos anteriores para finalmente defender que a relação entre estado, disposição e habilidade não é uma condição que surge do mistério, leveza ou falta de consideração sobre a vida mental de um raciocínio humano, mas da maneira pela qual esse raciocínio adquire e usa um idioma para preservar agrupamentos ordenados de informações. Na eficácia linguística, encontraremos o ponto de demarcação entre os tipos de raciocínios humanos. Palavras-chave: pensamento crítico, definição compatibilista, linguagem, raciocínio humano, capacidade de disposição-estado-mental.


CV: Ele é Doutor em Filosofia da Ciência pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). Tem estadias de pesquisa em Barcelona (UB), Madri (UAM), Espanha e Buenos Aires (IES / UNSTA), Argentina. Atualmente é membro do Sistema Nacional de Pesquisadores de Nível I (CONACyT); Professor pesquisador em tempo integral na Universidade Autónoma de México (UACM), Academia de Filosofia e História das Idéias, B, Área: Lógica e Epistemologia. Ele é o presidente da Academia Mexicana de Lógica, A.C. (Período 2019-2021). Ele dirigiu diferentes teses referentes a problemas específicos em Filosofia da Linguagem. Além disso, ele é autor de vários artigos em publicações arbitradas sobre temas como filosofia da linguagem, filosofia da matemática e da filosofia da lógica. Bem como autor de artigos em Prática Filosófica. Ele também coordenou o livro Jasso, M. Jesus e Diaz, H. Patricia (Coord.): Problemas Contemporâneos da Filosofia. Além disso, ele é responsável pelo Projeto de Pesquisa: Lógica, Argumentação e Pensamento Crítico. Problemas Teórico-Metodológicos e Práticas Educativas, pela UACM. Este projeto é a terceira fase de dois projetos imediatamente anteriores linhas de pesquisa Research Lógica, argumentação, ontologia, o pensamento crítico e Filosofia para Crianças e Jovens. Participa como palestrante, coordenador e organizador de seminários internacionais, conferências e workshops sobre lógica, filosofia da lógica e da filosofia em várias instituições acadêmicas de prestígio no México e no exterior.


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   Prof. Yasaldez Eder Loaiza Zuluaga. Universidad de Caldas (Colômbia)


Conferência: Professores e Pensamento Crítico


Resumo: Um objetivo fundamental do sistema educacional é o treinamento em pensamento crítico, é um ideal que transborda de interesses instrumentistas e científicos da educação. O pensamento crítico deve, portanto, ser reconhecido como o fundamento da ciência e da sociedade; bobo que, uma pessoa faz uso do pensamento crítico ao realizar trabalhos experimentais, analisa ou desenvolve teorias e resolve problemas que surgem. Esse tipo de pensamento permite a autorrealização pessoal, profissional e cidadã (Campos, 2007), que permite o desenvolvimento de diferentes aspectos, como habilidades e atitudes para enfrentar e resolver problemas, uma necessidade iminente no sistema educacional. Em virtude disso, reconhecendo as abordagens de Ennis (2002), é necessário que, nas instituições educacionais, eles se preocupem em manter a mente aberta e forneçam a possibilidade de obter um aprendizado aprofundado dos alunos, em vez de serem bem informados, que aprendam a julgar a credibilidade de uma fonte, que possa desenvolver e defender uma posição razoável (argumentar), e definir termos de maneira apropriada em relação aos contextos; uma vez que essas atitudes ou disposições favorecem e aprimoram o pensamento crítico. A formação de pessoas críticas e autônomas no sistema educacional é um desejo comum, relacionado ao aprofundamento de significados e à compreensão do que está por trás das idéias, argumentos, teorias, ideologias e práticas sociais das quais Somos testemunhas diariamente (Mejía, Peralta & Orduz, 2002) e merecemos interesse de pesquisa no ensino de ciências. Também é importante reconhecer que diferentes estratégias foram usadas para treinar professores e alunos em torno do pensamento crítico, algumas orientadas para o uso de ferramentas conceituais (Mejía, Orduz & Peralta, 1987); outros se inclinaram para o desenvolvimento de habilidades cognitivas (Lemming, 1998; Colima, 2007; Facione, 2007; U. da Geórgia, 2003); também, há investigações orientadas para a análise dos testes usados ​​para medir o pensamento crítico (Mc Millan, 1987); Da mesma forma, vários estudos foram realizados para conceituar o pensamento crítico (Bachelard, 1994; Lipman, 1989, entre outros). Nesse sentido, a idéia é reconhecer, a partir dos trabalhos de pesquisa e desenvolvimentos teóricos, como entender e lidar com a questão do pensamento crítico em sala de aula pelo corpo docente.


CV: Professor do Departamento de Estudos Educacionais da Universidade de Caldas). Professor associado da Universidade Católica de Manizales. Professora de graduação e pós-graduação em Educação. Diretor do doutorado em Educação na Universidade de Caldas. Diretor da Revista Latino-Americana de Estudos Educacionais. Pesquisador associado, Colômbia. Grupo de líderes de professores e contextos de pesquisa (para COLCIENCIAS). Par acadêmico - processos de registro qualificado e credenciamento de programas acadêmicos em Educação. Livros de escritor e artigos científicos em educação - práticas pedagógicas - formação de professores e pensamento crítico

 

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   Prof. Rui Marques Vieira. Universidade de Aveiro (Portugal)


   Profª. Celina Tenreiro. Universidade de Aveiro (Portugal)


Conferência: 25 anos de Investigação, Formação e Inovação sobre Pensamento Crítico na Educação


Resumo: Desde os anos 80 do século XX que o pensamento crítico vem sendo progressivamente reconhecido por agências, organismos e investigadores como uma das finalidades da educação e uma área crescente de interesse em várias áreas e campos do saber. As razões para tal prendem-se com um conjunto de modificações complexas da sociedade contemporânea, como as que se relacionam com os avanços científicos e tecnológicos. Durante o mesmo período de tempo tem sido realizada diversa investigação, formação e inovação na educação. Neste contexto e da que que autores desta conferência têm realizado e orientado em Portugal, particularmente nos últimos 25 anos, procurar-se-á sistematizar os seus contributos e implicação para a educação, em geral, e também para a que se refere à educação em ciências do Ensino Básico, em particular. Neste sentido dar-se-á destaque aos quadros teóricos ou de fundamentação para a promoção do pensamento crítico que se têm vindo a aprofundar bem como dos avanços nas dimensões que devem ser tidas em conta. No que concerne à sua transposição para as práticas didático-pedagógicas, como a que se refere às estratégias de ensino / aprendizagem, procurar-se-á apresentar a evidência, resultante da investigação, que suporta as que se revelam mais promotoras e como devem ser implementadas, inclusive na formação de professores. Serão igualmente enfatizados os recursos educativos, incluindo digitais, que se têm vindo a desenvolver (conceber, produzir, implementar e a avaliar) com base no acrónimo PIGES: (i) Principiar a promoção do Pensamento Crítico desde os primeiros anos de escolaridade; (ii) Intencionalmente, adotando para tal uma concetualização; (iii) Gradualmente e de acordo com o potencial e contextos dos aprendentes; (iv) Explicitamente identificando as dimensões a promover; e (v) Sistematicamente ao longo de toda a escolaridade e da vida. Palavras-chave: Pensamento Crítico; Investigação, formação e inovação em educação.


CV: Rui Marques Vieira. Desde 2004 que é Professor na Universidade de Aveiro onde tem desenvolvido a sua docência, particularmente nos Mestrados (2º Ciclos) e de Doutoramentos (3º Ciclo) na área da Educação. É membro da Direção do Departamento de Educação e Psicologia e tem participado em vários estudos e projectos de investigação em Educação em Ciências no Ensino Básico, com destaque para o Programa Nacional de Formação de Professores em Ensino Experimental das Ciências do Ministério da Educação Português. É autor de várias comunicações, artigos e tem publicado vários livros. É Membro do Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores [CIDTFF] da Universidade de Aveiro onde tem desenvolvido estudos de investigação na área da Formação de Professores; desenvolvimento curricular, com destaque para a dimensão das Capacidades de Pensamento Crítico;  Educação em Ciências para os primeiros anos de escolaridade e Articulação de contextos de Educação, nomeadamente através das TIC.


CV: Celina Tenreiro-Vieira. Professora de Matemática / Ciências da Natureza do 2º Ciclo do Ensino Básico, em situação de mobilidade na Universidade de Aveiro, desde 2005/2006. Licenciada em Matemática / Ciências da Natureza; Mestre e Doutora em Ciências da Educação (especialidade Didáctica). Membro do Centro de Investigação em Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores da Universidade de Aveiro, tem desenvolvido estudos de investigação na área da Formação de Professores; Capacidades de Pensamento; e Educação em Ciências e em Matemática. Nestas áreas tem várias publicações de livros e artigos em revistas, bem como comunicações apresentadas em congressos nacionais e internacionais. Integrou o Grupo de Peritos constituído, no âmbito da Unidade Portuguesa da Rede Eurydice (Ministério da Educação, Gabinete de Informação e Avaliação do Sistema Educativo) para a participação nos estudos: Quality Assurance in Teacher Education in Europe (2006) e Science Teaching in Schools in Europe (2006). Actualmente, integra a Comissão Nacional Técnico-Científica de Acompanhamento do Programa de Formação em Ensino Experimental das Ciências, criado pelo Ministério da Educação.


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   Profª. Patricia Morales. Pontificia Universidade Católica do Perú

Conferência: Habilidades de pensamento crítico e ensino de ciências: pontos de encontro e avaliação

Resumo: Por várias décadas, a necessidade de incorporar o desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico nos modelos pedagógicos de ensino superior tem sido mais fortemente reconhecida, uma vez que são uma parte importante das habilidades que preparam os alunos para enfrentar a complexidade da vida e do ambiente de trabalho. No contexto do treinamento de novos cientistas, a relação entre os componentes do pensamento crítico e os processos envolvidos na prática científica é clara. O uso consciente e intencional das habilidades de pensamento é essencial para desenvolver hipóteses que serão confirmadas ou refutadas com base na análise das evidências e na aplicação do conhecimento; bem como delinear conclusões dos resultados obtidos e fundamentá-las com bons argumentos. No entanto, a tendência de manter um ensino tradicional da ciência, focado no conteúdo disciplinar e na solução de problemas ainda é muito forte. A literatura relata uma variedade de abordagens alternativas ao ensino tradicional de ciências que ignoram aquelas baseadas exclusivamente na transmissão de informações, o que não significa que tenha sido encontrada uma solução definitiva para o problema de como ensinar ciências. Este artigo reflete sobre essa situação e apresenta algumas experiências sobre o estabelecimento de pontos de encontro entre o desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico e o ensino de ciências, com diferentes níveis de realização

CV: Professor no Departamento de Ciências da Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP). Atualmente é Diretora do Programa de Mestrado em Química da PUCP e membro do grupo de investigação "Pensamento Crítico e Pensamento Positivo", da Universidade de Salamanca, Espanha. Obteve o grau de Doutora em Ciências da Educação na Pontifícia Universidade Católica do Chile, em 2008 e o Bacharelado em Química da PUCP, em 1983. Nos últimos 15 anos o seu interesse na investigação foi orientado para a inovação educacional no ensino superior e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e pensamento de ordem superior. Nessa linha trabalhou em ferramentas de avaliação do pensamento crítico e do desenvolvimento de estratégias para o desenvolvimento e avaliação dessas capacidades em estudantes universitários


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      Profª. Themys de Cassia Moura de Carvalho. Universidade do Minho (Portugal)


Conferência: Pensamento crítico e criatividade: sua confluência no campo educacional


Resumo: No campo educacional, o pensamento crítico e a criatividade compartilham numerosos desafios na sociedade atual, nos quais o mero conhecimento convencional do currículo escolar não é mais suficiente para integrar-se a uma variedade de campos profissionais e setores sociais. É necessário e urgente preparar os alunos atuais para desenvolver um espírito crítico e investigador, ao mesmo tempo  que comprometido e solidario com a sobrevivência global. Para promover o aprendizado dessas novas habilidades de resolução de problemas, escolas e professores devem incorporar novas maneiras de agir e integrar a diversidade dos alunos em suas salas de aula, por meio de metodologias e programas ativos que promovam a aquisição de ferramentas e técnicas de pensamento crítico e criatividade. Neste artigo, escolhemos um programa de desenvolvimento do pensamento criativo para exemplificar o papel da escola e dos professores nessa mudança de paradigma. O programa apresentado está estruturado em 32 sessões, durante as quais 20 técnicas diferentes de criatividade foram trabalhadas com os alunos, tais como analogias, transformação de histórias, idéias animadas, lista de atributos ou a arte de perguntar. A aplicação e avaliação desse programa em alunos de 11 e 12 anos de escolas públicas do Brasil teve como resultado ganhos para o grupo experimental, em comparação ao grupo controle, nas áreas de criatividade, desempenho acadêmico e percepção da relação professor-aluno. Esses resultados são discutidos e são propostas sugestões para o futuro desenvolvimento da criatividade na escola. Palavras-chave: Criatividade. Desenvolvimento da criatividade. Programas de criatividade. Inovação Pedagógica. Produtos criativos. Formação de professores. Pensamento critico.


CV: Doutor em Ciências da Educação, pela Universidade do Minho (Portugal), com Especialidade em Psicologia da Educação. É membro do Grupo de Pesquisa em Cognição, Aprendizagem e Desempenho da Universidade do Minho. É consultora externa da Organização Ibero-Americana da Juventude e funcionária do Ministério da Educação do Maranhão (Brasil). Possui várias publicações e colaborações no campo da educação e cooperação latino-americana. Ele é especialista no desenvolvimento da criatividade no ambiente escolar.


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    Profª. Silvia F. Rivas. Universidad de Salamanca (Espanha)


Conferência: Avaliação do pensamento crítico: essencial e negligenciada


Resumo: Nos últimos tempos, há um interesse crescente no ensino superior pela melhoria das habilidades transversais do pensamento crítico. A nova abordagem das competências do ensino universitário confere-lhe um papel central nos novos currículos e, embora ainda sejam escassos, há um aumento significativo devido ao desenvolvimento de programas que aprimoram essas habilidades, nas diferentes áreas de estudo. Universidade Mas todos sabem que a implementação de qualquer metodologia deve necessariamente seguir a avaliação de sua eficácia, pois é isso que nos permite aprimorála e alterála, e isso nem sempre é feito. E para isso, nenhum instrumento deve valer a pena. A avaliação deve andar de mãos dadas com a intervenção. Precisamos de sistemas de avaliação eficazes e válidos que nos permitam avaliar com mais precisão as habilidades de pensamento crítico e que se ajustem aos objetivos de nossas intervenções. Não adianta uma boa iniciativa sem uma ferramenta de avaliação adequada. É neste ponto que há um grande vazio, especialmente em nossa língua. Além disso, como o senso comum sugere, um diagnóstico deve ser feito antes de qualquer tratamento. Para intervir em qualquer área, como a que nos interessa aqui, a educação, precisamos identificar as lacunas e obstáculos que dificultam o processo de aprendizagem. Mas, para isso, precisamos ter, como já foi dito, instrumentos de medição válidos. No campo da avaliação, nosso grupo desenvolve ferramentas há muito tempo. Nós projetamos testes de natureza diferente: desempenho e psicométricos ou padronizados. Portanto, nesta conferência, justificaremos a importância da avaliação, descreveremos os fundamentos da avaliação do programa, desenvolveremos uma revisão dos testes e apresentaremos nosso sistema de avaliação em que estamos trabalhando há anos. Palabras clave: pensamento critico, educação, avaliação


CV: Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade de Salamanca (Espanha). Ele tem ensinado pensamento crítico na Universidade de Salamanca e no I.E. há dezenove anos. Universidade de Segovia e dando cursos e conferências em outras universidades, de diferentes países. Ele publicou artigos sobre instrução e avaliação do pensamento crítico. Ele contribuiu para o desenvolvimento do programa ARDESOS para melhorar e melhorar as habilidades de pensamento crítico. Desde 2008, ele desenvolveu, juntamente com o Dr. Saiz, o teste de pensamento crítico PENCRISAL. Atualmente, ele continua a desenvolver as ferramentas de instrução e avaliação do pensamento crítico na Universidade de Salamanca, dentro do Grupo de Pesquisa Reconhecido pela Universidade: "Grupo de Pensamento Crítico e Psicologia Positiva".


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   Prof. Carlos Saiz. Universidade de Salamanca (Espanha)

Conferência: Pensamento crítico, resolução de problemas e bem-estar pessoal

Resumo: A pesquisa sobre pensamento crítico (CP), desde suas origens, sempre foi um campo predominantemente aplicado à educação. Nas últimas décadas, ele se espalhou para outros domínios, como saúde, economia, negociação ou resolução de conflitos. Na realidade, o PC é capaz de aplicar em qualquer campo, dada a natureza transversal de suas competências. Neste fórum, vamos cuidar do desenvolvimento da tese do essencial do PC para o bem-estar pessoal. Poderíamos dizer que, no mundo em que temos de viver, arranhar uma parcela maior de bem-estar individual e social depende de boas estratégias de tomada de decisão e solução de problemas. Mas isso não é suficiente, porque você precisa ser capaz de executá-los. A ação é realmente a que produz uma mudança; somente a reflexão pode acabar sendo apenas arte, mas é o comportamento que o coloca em realidade. O PC como ação e mudança, acreditamos que não foi suficientemente desenvolvido, portanto não foi visto como essencial para o bem-estar pessoal. Por esse motivo, acreditamos que é necessário corrigir essa falta e vamos cuidar dela aqui. Palavras-chave: pensamento crítico, resolução de problemas, tomada de decisão, mudança e realização pessoal

CV: Doutor em Psicologia, tem duas décadas ensino e investigação sobre o pensamento crítico. Publicou inúmeros artigos em revistas e conferências internacionais e ministrou cursos em diferentes países. Desde há vários anos que é o coordenador Grupo de Investigação Reconhecido (GIR) da Universidade de Salamanca que tem como prioridades: o pensamento crítico e Psicologia Positiva,  a instrução ea avaliação no pensamento crítico. Fruto dos esforços deste grupo, desenvolveu um programa de pensamento crítico, ARDESOS-DIAPROVE, que foi testado e publicado. Dentro do mesmo grupo, também criou um teste de pensamento crítico, PENCRISAL. Esta ferramenta de avaliação foi validada em Castelhano e criou uma versão em Português do mesmo. O GIR tem uma web (www.pensamiento-critico.com), onde se podem encontrar recursos de diferentes tipos, cursos e atualizações sobre o pensamento crítico, bem como publicações e atividades do GIR.

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   Prof. Óscar Tamayo. Universidade de Caldas (Colômbia)

Conferência: Pensamento crítico em domínios específicos do conhecimento

Resumo: Em torno do estudo do pensamento crítico (PC), existem muitas tensões atualmente estudadas por diferentes comunidades acadêmicas. Podemos citar, entre outros, o seguinte: a natureza geral ou específica do CP, sua relação com o pensamento científico, com a criatividade e a inteligência, com o senso comum, com o treinamento político e a constituição da cidadania, bem como sua possibilidade de ser ensinado, aprendido e avaliado. De todos eles, para o nosso grupo de pesquisa Cognição e Educação, é especialmente importante estudar o CP em contextos educacionais. Para isso, assumimos seu estudo em domínios específicos do conhecimento e em quatro categorias: argumentação, metacognição, emoções e resolução de problemas. Os aspectos acima mencionados permitem compreender que a formação do pensamento crítico na escola requer esforços conjuntos, intencionais e prolongados ao longo do tempo, bem como estratégias de ensino que o capacitem

CV: Mestrado em Biologia e Química da Universidade de Caldas. Mestrado em Educação e Desenvolvimento Social, CINDE-UPN. Mestrado em Ensino de Ciências Matemáticas e Naturais da Universidade de Barcelona. Doutor em Educação em Matemática e Ciências da Universidade de Barcelona. Pós-doutorado em narrativa e Ciências da Universidade de Santo Tomas Cordoba. As principais áreas de pesquisa em que trabalha são: formação e avaliação de conceitos científicos, modelos e modelagem no ensino de ciências, aprendendo e ensinando, linguagem e argumentação no ensino de ciências. Programa Professor PhD em Estudos Sociais, Infância e Juventude em CINDE-Universidade de Manizales; Educação e design e criação da Universidade de Caldas; Ciências Cognitivas da Universidade Autônoma de Manizales.


 
 
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